De repente do riso fez-se o prantoSilencioso e branco como a brumaE das bocas unidas fez-se a espumaE das mãos espalmadas fez-se o espanto.De repente da calma fez-se o ventoQue dos olhos desfez a última chamaE da paixão fez-se o pressentimentoE do momento imóvel fez-se o drama.De repente, não mais que de repenteFez-se de triste o que se fez amanteFez-se de triste o que se fez contente.Fez-se do amigo próximo o distante.Fez-se da vida uma aventura erranteDe repente, não mais do que de repente.
De tudo, ao meu amor serei atentoAntes, e com tal zelo, e sempre e tantoQue mesmo em face do maior encantoDele se encante mais meu pensamento.Quero vive-lo em cada vão momentoE em seu louvor hei de espalhar meu cantoE rir meu riso e derramar meu prantoAo seu pesar ou seu contentamento.E assim, quando mais tarde me procureQuem sabe a morte, angústia de quem viveQuem sabe a solidão, fim de quem ama...Eu possa me dizer do amor (que tive):Que não seja imortal, posto que é chamaMas que seja infinito, enquanto dure.
boa noite minhas amigas do curso